Por suspeitas de manipulação, três clubes foram suspensos da Série C do Carioca: Brasileirinho, Duque Caxiense e São José já encerraram suas participações na competição. Mas o que poderia ser uma punição para as equipes acabou afetando jogadores que sequer terminaram a competição vestindo estas camisas. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) decidiu também suspender os jogadores vinculados a estes clubes até o fim do ano.
A medida causa preocupação nos atletas, muitos deles ainda com contratos válidos no sistema da FFERJ. Embora se saiba que esquemas de manipulação podem acontecer com a participação de apenas alguns poucos atletas, a sanção aplicada de forma geral afeta a possibilidade da maioria dos jogadores de se empregarem em outras equipes ao longo do ano. A medida afeta, pelo menos, 60 jogadores profissionais.
Ainda em 2023, haverá a disputa das Séries B1 e B2 do Estadual, cujos clubes reaproveitam atletas que jogaram em outras divisões no primeiro semestre. Com a suspensão, mesmo sem a comprovação individual de atletas em fraudes, estes jogadores ficam impossibilitados de atuar pelos próximos meses.
Embora dirigentes da FFERJ tenham se encontrado com membros do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) na última semana, a entidade não confirmou se os casos serão julgados formalmente. A Federação prometeu apenas que os casos passarão por investigação dos órgãos competentes nas esferas desportiva e cível. Até o momento, a situação não entrou em pauta no TJD.
A incerteza quanto ao futuro fez com que jogadores ainda vinculados aos três clubes procurassem ajuda. A ideia é tentar recorrer da decisão da FFERJ para garantir o direito de seguir trabalhando até o fim da temporada, sem impeditivos. O Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (SAFERJ) representa a classe e pode atender aos pedidos dos jogadores. O contato pode ser feito através do telefone (21) 3529-8905, de segunda a sexta, das 12h às 18h30.