O goleiro Léo Flores foi a primeira contratação confirmada pelo Bonsucesso para a temporada de 2023. O veterano de 44 anos vai para mais uma Série B2 em sua carreira: ele disputou a do ano passado com a camisa do Império Serrano e volta ao time da Zona Norte para sua quarta passagem.
Em entrevista ao blog ‘Fanáticos pelo Cesso’, Léo Flores garantiu que está mais motivado do que nunca para conseguir um novo acesso pela equipe de Teixeira de Castro. O jogador, já acostumado com o clube, quer ver o torcedor perto do time, agora que a equipe poderá jogar em seu estádio, o Leônidas da Silva. Na opinião do goleiro, este trunfo será muito importante para que o time busque o título e o acesso à Terceirona do ano que vem:
— Peço o apoio e a força dos fanáticos durante o campeonato porque é muito importante. Lembro bem quando mantivemos o clube na primeira divisão. Os jogos eram longe, em Moça Bonita, mas estavam lá os mais velhos e os mais novos que gostam do Bonsucesso. Com alguns torcedores, criei uma identificação e peço que estejam conosco porque, se Deus quiser, vai dar tudo certo. Entraremos para brigar pela taça.
Confira abaixo outros pontos da entrevista de Léo flores ao blog fanáticos pelo sucesso.
Você já era um nome debatido internamente no Bonsucesso desde o início do ano. Se surpreendeu com o convite feito para voltar ao clube?
— Não me surpreendeu muito porque venho em atividade. Joguei praticamente toda a temporada de 2022. No começo do ano, tive algumas propostas, mas não quis aceitar. Algumas, achei que não valeria a pena. Outras, eu teria que sair do Rio de Janeiro, mas tenho uma escola de goleiros e não seria bom pelo projeto que tenho, com alguns nomes já sendo aprovados em clubes. Pretendo ser preparador de goleiros quando encerrar a carreira, então quero continuar focado por aqui. É um novo desafio e gostei do projeto.
Você tem 44 anos e se torna o jogador mais experiente a atuar no futebol profissional do Rio de Janeiro. Como você se sente fisicamente para tal desafio à frente do Bonsucesso?
— Eu até brinco com a rapaziada: só lembro da idade que tenho quando olho a identidade. O corpo só envelhece se você deixar. Tenho 44 anos, mas falo com a molecada que treino mais do que eles. No Império Serrano, ano passado, fiz as duas funções porque o preparador saiu e eu segurei a onda. Eles ficaram doidos como eu treinava e batia na bola, para treinarem comigo. Já estou acostumado. Não deixo de treinar, mesmo sem clube. Faço musculação e me mantenho bem porque a qualquer hora surge uma proposta.
Como foi o primeiro contato com o técnico Cleimar Rocha no Bonsucesso?
— Ainda não comecei a treinar, mas me apresentei ao Cleimar e levei alguns atletas que o clube tinha sondado para apresentar o projeto. A gente começa a treinar no mês que vem. Eles estão fazendo alguns treinamentos com jogadores que estão sendo indicados para serem selecionados.
Como você acredita que a experiência do Cleimar pode contribuir para a disputa do Carioca?
— Cleimar é um treinador que dispensa comentários. Sempre fez boas campanhas e trabalhos. Tive muitos jogos contra ele. Nunca tive o prazer de trabalhar com ele, mas agora terei a oportunidade de conviver com esse treinador. Tenho certeza que ele vai ajudar muito com a experiência e qualidade que tem como técnico. Não tinha pessoa melhor para ser escolhida.”
Essa será sua quarta passagem pelo Bonsucesso. Considera que vai ser o maior desafio entre todos que você conviveu na Teixeira de Castro?
— A primeira passagem foi boa porque mantivemos o Bonsucesso na primeira divisão, local de onde não deveria ter saído. Alguns acreditavam que não conseguiríamos, mas fomos capazes, até sem receber. Recebemos só após o campeonato e, mesmo assim, seguramos a onda. A segunda passagem foi boa, mas saí no meio do caminho devido uma proposta ótima. Já a terceira vez, foi um monte de coisa errada que aconteceu. Não gosto nem de comentar. Uma verdadeira covardia com um clube de tradição, que não merecia passar por isso, com as pessoas que estavam no comando. Empresários sem palavra e pessoas dentro do clube que faziam vista grossa. Logo após, assumiram outras pessoas… É complicado.
Acha que a atual administração está com um projeto consistente para realmente brigar pelo acesso?
— Essa diretoria é fera. Eles vêm com um projeto muito bom e com investidores por trás, que estão dando suporte. São pessoas sérias que estão pensando no bem do clube, levantar um time de tanta história e glórias. É um clube que não merece passar pelo o que está passando. Achar pessoas corretas no futebol carioca hoje em dia é difícil. É tentar dar o melhor dentro de campo para contribuir.
Jogar no Leônidas da Silva será um ponto decisivo nos jogos pela Taça Maracanã?
— Jogar no Leônidas será uma coisa linda, é o nosso caldeirão. Já joguei com estádio cheio e é uma pressão. A nossa torcida vai ajudar muito, é uma arma que estará a nosso favor. A diretoria está reformando o estádio para deixar tudo preparado para a estreia. Como vamos treinar no campo, vamos saber os macetes e os caminhos na Teixeira de Castro. É muito importante ter o mando de campo com o nosso torcedor.
O Bonsucesso deve ter outros goleiros mais jovens para o Carioca. O que você pretende passar para eles e como será a briga pela titularidade?
— Geralmente não tem trairagem e covardia entre os goleiros pelos clubes que passei. Até porque é uma posição tão sofrida e ingrata, que a gente se abraça. Até com o goleiro adversário a gente fica sentido, quando falha. É trabalhar e quem vier para agregar em treinamentos e jogos, iremos nos ajudar. Goleirada está unida.
Quem você considera como os principais adversários da B2?
— Não tem como bater na tecla e falar quais serão os principais adversários. No futebol carioca, às vezes o clube vem forte numa temporada e não na outra. Só quando começar e no decorrer do campeonato, veremos quais serão os melhores e vão brigar para subir.