Mais um acontecimento insólito no futebol carioca aconteceu nesta quarta-feira (9), no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ). Um dirigente do Brasileirinho, da Série C do Campeonato Carioca, foi denunciado por uma irregularidade no jogo de seu time contra o Riostrense, em junho. No entanto, não pôde ser julgado. O motivo: ele já tinha sido banido do futebol, mas continuava operando mesmo assim.
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Maurício Pelegrini trabalhou como supervisor do Brasileirinho durante a Quintona. No entanto, ele foi punido com a eliminação (isto é, o banimento) em 2020, pelo mesmo TJD, com a confirmação da pena no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a instância superior. Ele foi um dos investigados no escândalo de manipulação de resultados que também baniu o então presidente do Atlético Carioca, Maicon Vilela (NR: o Atlético Carioca emitiu um comunicado afirmando que Maicon cumpriu dois anos de suspensão e pagou a multa que também lhe foi imposta como pena, o que o impede de ser banido para sempre do futebol).
Na ocasião, Pelegrini era gestor de futebol de base do São José, mas foi acusado por jogadores da equipe profissional de aliciá-los para facilitarem gols de times adversários em troca de dinheiro. As provas e os depoimentos levaram ele e o presidente do clube, Adilson Faria, a julgamento. O mandatário foi suspenso por um ano e Maurício, banido. Uma reportagem da TV Globo mostrou gravações em que ele conversa com Maicon sobre a possível participação em apostas de outras equipes também envolvidas no esquema.
Mas, em 2023, mesmo punido, ele voltou ao futebol profissional. Sob o nome de Maurício Souza, outro de seus sobrenomes, assinou as súmulas do Brasileirinho em diferentes funções, como supervisor e auxiliar técnico. Em um dos jogos, o empate em 1 a 1 com o Atlético Carioca, chegou a aparecer nas câmeras da transmissão da partida entregando a relação de jogadores para a arbitragem (veja foto abaixo).
Aliás, no julgamento desta quarta, Maurício Pelegrini foi denunciado justamente por um motivo parecido. Ele invadiu o vestiário da arbitragem para protestar pela derrota do Brasileirinho, por WO, para o Riostrense. É que o clube perdeu, sem sequer jogar, por não ter enviado a escalação para o árbitro Raphael Soares da Silva. Na rodada seguinte, o time foi suspenso pela FFERJ por suspeitas de manipulação de resultados.
Apenas com o julgamento já em andamento é que os auditores perceberam que o nome de Maurício já constava nos registros do Tribunal. Com a punição por banimento, ele não poderia sequer estar trabalhando no futebol profissional. Sem saber o que fazer, o presidente da sessão, Mallus Lito Freire, solicitou o envio de um ofício ao Departamento de Competições da FFERJ para ‘adoção das medidas cabíveis’.
O Brasileirinho, pela perda do jogo pelos motivos apresentados, perdeu três pontos na tabela de classificação da Série C e foi multado em R$ 500. Mas o fato curioso envolvendo o dirigente coloca em xeque a própria efetividade das punições do TJD e do cumprimento dos mesmos pela FFERJ, uma vez que foi este mesmo Tribunal que se encarregou de punir Maurício, há três anos.
Ele continua trabalhando como dirigente, pelo Grande Rio FC, com peneiras, e o próprio Grande Rio, tem treinamento com a presença dele, no aterro do Flamengo.
Ele continua no futebol como gestor do grande rio fc
Ele é um ladrão manipulador e continua no clube grande rio como gestor, no aterro do flamengo gente pfv denuncie ele!!!!! E teve outra questão que ele prometeu há alguns atletas seque levariam eles para um campeonato em São Paulo e cobrou R$600,00 e depois sumiu com o dinheiro