A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) confirmou que já encaminhou o relatório de cinco partidas da Série C do Campeonato Carioca ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) e ao Poder Judiciário. Os jogos, de acordo com a própria Federação, estiveram ‘eivados de anormalidade’ e são investigados por suspeitas de manipulação de resultados.
LEIA TAMBÉM:
>>> EDITORIAL: Terminou a Quintona; vem aí a ‘Pizzona’?
As partidas alvo de investigação são Barcelona 8×0 Brasileirinho (5ª rodada), Brasileirinho 2×4 Duque Caxiense (8ª rodada), Duque Caxiense 0x7 Tigres do Brasil (9ª rodada), Vera Cruz 7×1 São José (9ª rodada) e São José 0x11 Zinzane (10ª rodada). Os relatórios com as suspeitas de manipulação, de acordo com a Federação, tiveram evidências que ‘comprometem a imprevisibilidade dos resultados’.
O TJD ouviu, no último dia 7 de agosto, os depoimentos de alguns dirigentes e jogadores sobre os jogos em questão. Depuseram, na sede da entidade, os presidentes dos três clubes suspensos, Brasileirinho, Duque Caxiense e São José: respectivamente, Pedro Leopoldo, Marcos Falcão e Adilson Faria. Além deles, foram ouvidos os jogadores Renan, do São José, Evandro, do Brasileirinho, e Anderson, não identificado como sendo de qualquer clube.
O parecer dos relatórios permanece, por ora, em sigilo. A Procuradoria do TJD, já de posse dos autos, irá definir se levará as questões da julgamento.
FFERJ esclarece situação de jogadores suspensos
A Federação também detalhou a questão dos jogadores de Brasileirinho, Duque Caxiense e São José que foram suspensos, até o fim do ano, como forma de prevenção de novos casos suspeitos de manipulação. A entidade afirmou que apenas os atletas relacionados para os cinco jogos investigados é que estão punidos.
Entretanto, a FFERJ apontou que os jogadores que se enquadram nesta punição podem reaver suas condições de jogo. Caso isto aconteça, inclusive por meio de colaboração com o inquérito desportivo (delação premiada), a Justiça Desportiva irá se pronunciar para oficializar o fim da punição. Caso jogadores ou clubes pretendam entrar com recurso, devem fazê-lo de acordo com o Estatuto da Federação.