A CBF marcou o jogo de volta entre Portuguesa x Caxias, pelas quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro, para o Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A decisão, tomada no fim da noite desta terça-feira (22), pegou a Lusa de surpresa. O motivo seria o regulamento do campeonato, que prevê que jogos a partir das quartas de final aconteçam em estádios com capacidade mínima de 4 mil pessoas.
Dessa forma, o jogo que pode valer o acesso para a Lusa sai do Estádio Luso-Brasileiro, onde a equipe vem jogando desde o começo da Série D. A decisão causou revolta na diretoria rubro-verde, que avalia a possibilidade de entrar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para obter o direito de jogar em casa. A partida de ida será na casa do Caxias, o Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS), no próximo domingo.
A Portuguesa sustenta que o Luso-Brasileiro tem capacidade liberada para receber pelo menos 4.400 torcedores, o que atenderia a exigência da CBF. O clube citou, inclusive, o jogo contra o Amazonas, em 2022, quando colocou 4.300 pessoas no estádio, pelas mesmas quartas de final da Série D.
Leia abaixo a nota oficial da Portuguesa:
“A Associação Atlética Portuguesa, que completa em 2024, 100 anos de existência, e que nos últimos anos vem crescendo no cenário nacional disputando a Copa do Brasil e o Brasileirão Série D, vem por meio desta esclarecer que o Estádio Luso-Brasileiro, palco importante do futebol carioca, que já recebeu jogos até de Sul-Americana e dos clubes de maior investimento da Cidade, como Flamengo e Botafogo, tem todos os laudos técnicos atualizados que permite que a partida de volta das quartas de final, diante do Caxias-RS, aconteça no local, assim como ocorreu nesta mesma fase em 2022, no confronto entre Portuguesa e Amazonas.
Acreditamos que a Confederação Brasileira de Futebol, que vem investindo bastante nas divisões inferiores do nosso futebol, sempre pregando pela isonomia nas disputas, vai rever a decisão arbitrária de colocar o jogo de volta, tão importante na história da Associação Atlética Portuguesa, em um estádio que fica há 200 km da Ilha do Governador, sem sequer comunicar ao clube.
O Luso-Brasileiro tem capacidade liberada pelo Corpo de Bombeiros para 5.144 torcedores e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro para 4.400, o que atende perfeitamente o regulamento previsto pela competição, de capacidade mínima de 4.000. Não à toa, em 2022, nesta mesma fase, diante do Amazonas FC, a Lusa quebrou um recorde dos últimos anos colocando um público de 4.300 torcedores em seu estádio.
A Portuguesa lutou bastante durante a competição justamente para ter o direito de decidir os jogos em seu estádio. Investimos em segurança e comodidade para os torcedores que comparecem ao estádio. Entregamos hoje um campo com gramado que, sem dúvidas, está entre os melhores de todo o Brasileirão Série D. A iluminação está dentro dos padrões e foi aprovada para um jogo do Brasileirão Série A entre Vasco da Gama e Cuiabá. E todos esses fatores corroboram para que este jogo tenha condições de ser realizado no Luso-Brasileiro.
Esperemos que a CBF reveja este erro e coloque a partida no local que é de direito da Lusa. O Departamento Jurídico do clube acompanha o caso é avalia ingressar com mandado de garantia no STJD”.