A confusão das últimas semanas no Barra Mansa, pela possível implementação de uma SAF, segue dando pano para manga. Após o presidente Genivaldo da Silva vetar e chamar de ‘ilegal’ uma tentativa de negociação para passar o futebol do clube para as mãos de um grupo de empresários, deflagrou-se um ‘racha’ entre membros da alta cúpula do Leão do Sul. Ou, ao menos de um lado, um ex-membro.
Vice-presidente do Barra Mansa até o começo deste mês, Waltinho da Ambulância se afastou do posto após o imbróglio entre os dirigentes, em setembro. O dirigente alegou que sua saída já era programada, pois assumiu uma cadeira na Câmara de Vereadores da cidade no último dia 5. Ele substitui Daniel Maciel, que assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação. Ainda assim, ele e o presidente Genivaldo estavam em lados opostos quanto à possível venda do clube.
Seja como for, a repercussão da notícia caiu mal entre os torcedores na cidade. Pelas redes sociais, nesta semana, muitos se manifestaram contra uma eventual venda do futebol barramansense para uma empresa externa. Alguns, inclusive, postaram mensagens como “A SAF do Leão não vale só 1 milhão”, em tom de reprovação a uma eventual negociação com a diretoria do Barra Mansa.
Na rádio, versões conflitantes
A confusão ganhou, inclusive, a mídia. Nesta quinta-feira (19), em programa da rádio Vice 89 FM, Waltinho foi um dos convidados, mas foi sabatinado pelo repórter Gino Lopes. Ele, que tinha avançado com a informação da negociação frustrada da SAF do Barra Mansa, rebateu as declarações do vereador. Waltinho disse que sua saída do clube foi uma definição pessoal e que isto era um acordo que já existia desde o começo do ano. Ele sustentou, aliás, que é pré-candidato às eleições, como vereador.
— Ele (Waltinho) não saiu por causa da cadeira na Câmara, saiu por causa da confusão com a diretoria. O problema é que havia R$ 1 milhão que seriam divididos entre cinco CPFs e isso não foi aceito. Então, houve uma discussão. Aliás, no dia da reunião, ele deixou escapar que os diretores seriam remunerados a partir de agora. E isso é ilegal, de acordo com o estatuto do Barra Mansa — disse Gino Lopes, alegando ainda que Waltinho teria dificultado a liberação do laudo a Vigilância Sanitária para o Leão do Sul e que o prefeito Rodrigo Drable precisou intervir.
— Eu fico no Barra Mansa se eu quiser, não porque um ou outro quer. Eu sei que a SAF só ia passar se o Conselho aprovasse. O valor de R$ 1 milhão foi o que o presidente passou para a empresa que queria comprar o Barra Mansa. Hoje, o clube não tem dinheiro para nada. A empresa queria assumir a dívida trabalhista e pagar o que o clube deve à Receita Federal e ia colocar dinheiro para administrar o clube. Eu disse à diretoria: ‘vende o Barra Mansa, a gente vai quitar uma dívida de mais de R$ 2 milhões e os caras vão montar um time profissional para subir’. E a gente não ia ficar com o pires na mão. A empresa é que não aceitou a oferta do presidente — rebateu Waltinho.
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Esse Waltinho é um mentiroso. Estava negociando escondido com uns caras pra eles pagarem um milhão para os diretores e os caras investirem na campanha dele. O presidente embarreirou porque o clube não é dos diretores. Diretor não pode ganhar dinheiro com a venda do clube. Meu sobrinho joga na base e minha cunhada escutou uma discussão na sala da sede, ela estava no banheiro e da pra escutar o que conversa lá.
O presidente disse que isso é roubo, o dinheiro da SAF tem que ficar no social do clube. Ele não aceitaria isso. Diretor não ia ganhar dinheiro ilegal no clube, mesmo ele tendo oferecido dinheiro pra ele também.