O técnico Luciano Quadros, do Goytacaz, não costuma ter papas na língua. O ‘Russo’ tem a sinceridade e a exigência como características evidentes. E, de acordo com ele, a boa campanha do Goytacaz na Série B1 merece muitos aplausos devido às dificuldades encontradas. Em entrevista à Web Rádio Jovem Carioca, o gaúcho considera o nível da Terceirona ‘baixíssimo’, mas vê o Alvianil sobressaindo entre dificuldades.
— A gente não tem facilidade porque o nível de todo mundo é baixíssimo. O Goytacaz tem que estar muito feliz, muito honrado pela campanha que estamos fazendo e a dificuldade de montar o time. Mas futebol depende de qualidade e, nessa divisão, tem qualidade quem tem dinheiro. A gente cai de produção no segundo tempo porque o time foi montado a oito dias do campeonato, então a parte física não é ideal. Treinamos muito conceito, mas a rapaziada vem de locais onde não teve incentivo de treinar corretamente. Então, ainda estamos em processo de evolução — disse Luciano, destacando a dificuldade de trabalhar com um elenco diminuto:
— Quando a gente precisa substituir e marcar, tem volantes, laterais. Mas, na hora de ganhar o jogo, se eu tenho que mexer, aí é um caos. Mas a rapaziada tem se dedicado e acho que esse comprometimento, esse brio, tem sido muito favorável. É um time organizado. Temos que continuar incentivando os jogadores a seguirem se organizando. Estamos perto de uma classificação que seria muito honrosa.
O Goytacaz volta a campo nesta quarta, para enfrentar o Macaé, pela última rodada. Uma vitória basta para garantir a equipe nas semifinais. A bola rola às 15h, em Silva Jardim, na Baixada Litorânea.
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Primeiro parabenizo o Goytacaz e o grupo de jogadores pela campanha de um campeonato bem disputado e quase chegou ao acesso. Mas o meu ponto aqui é como foi inoportuna nesta entrevista o comentário da comissao técnica sobre falta de qualidade de seus próprios jogadores no meio do campeonato, que além de desvalorizar o patrimônio do Goytacaz, que é um clube tradicional e esta dando esta oportunidade a jovens jogadores, tem investimento do clube. Isto gera desconforto é quase uma sentenca ao se “rotular” muitos deste atletas, que são jovens e que podem evoluir e sonham com um lugar ao sol no mundo do futebol. De fato uma exposição desnecessária, postura ao contrário de pessoas sensatas e que esquecem avaliar que nos últimos anos, além das dificuldades dos calendários do futebol brasileiro, equipes sem suporte e que não dão continuidade a trabalhos somados a pandemia recente que gerou um gap de formação e muitos jovens não tiveram oportunidades e apoio para a transição adequada da base para o profissional mesmo com forte potencial. Entendo que o papel dos lideres de equipes, como já vimos em alguns grandes treinadores, com um pouco de paciência, são lapidadores de futuros atletas de alto rendimento e não pensando desta forma, perderíamos alguns Leles, Kenos, Bruno Henriques, Michaels e Leandros Damiões, muitos que não tiveram base mas foram perseverantes. Enquanto alguns treinadores, mantem defensores e atacantes que erram por um tempo e “bancam” pois acreditam na superação própria e dando chance para reverter, mesmo a torcida querendo a cabeça . Gestão de grupo é um dom, e sabemos que muitas conquistas vem de conjuntos equilibrados e conectados. Não falamos em passar a mão na cabeça nem proteger, ser justo e olhar além, contribuir de alguma forma para o crescimento de alguém. Tenho certeza que não faltou empenho de todos os jogadores, mesmos reservas, que cumpriram seu papel e com certeza irão continuar lutando mesmo que muitos não acreditem pois na minha humilde opinião muitos jogadores crescem com sequencia e confiança. Vejo muitas historia de grupos limitados se superando pois em qualquer campo da vida é essencial o acreditar nas pessoas!