“America, unido vencerás”: assim diz a letra do hino do clube, composta por Lamartine Babo em 1950. Mas o cenário das últimas décadas tem sido justamente o contrário, o que só contribuiu para uma grande derrocada rubra. Por isso, o presidente eleito, Romário, adotou um discurso conciliador em sua chegada ao clube. De acordo com ele, este é o único caminho para que o America consiga se recuperar.
Emocionado, Romário chegou a escrever um discurso a ser lido após a proclamação de sua vitória como presidente. Mas preferiu falar mesmo de improviso e conclamou a todos os americanos para se juntar em nome do clube. Ele admitiu a perda recente de espaço no cenário do futebol carioca e não fez ataques a gestões anteriores, embora fizesse oposição ao atual mandatário, Sidney Santana.
— Quando a gente fala do coração, a gente fala a real verdade. Nós, que somos americanos, sabemos que nosso clube do coração vive um momento conturbado, complexo, saiu da vitrine do futebol há alguns anos. O que temos que fazer juntos, a partir de agora, é nos unir. E entender que guerra não leva a nada e ninguém a lugar nenhum. Todo mundo aqui quer o bem do America, da situação à oposição, e não acredito que nenhum presidente que passou por aqui teve a intenção de sacanear o clube. Administrações têm bons e maus resultados.
Apesar da vitória eleitoral, Romário só tomará posse como presidente em janeiro. Veja abaixo outros pontos do primeiro discurso de Romário:
Possibilidade de ser presidente
— Em 2014, quando o Léo Almada assumiu a presidência, a gente conversou pela primeira vez sobre a possibilidade de ser presidente. Temos conversado de lá para cá, mas nunca foi possível. Então, a oposição fez a chapa America Livre, que me convidou. Hoje, estou sendo aclamado presidente do clube do meu coração, pela oposição e pela situação. É uma felicidade e uma honra muito grande. Obrigado pela confiança. E podem ter certeza: o America vai voltar a ser grande porque a gente é grande.
Inexperiência como mandatário
— Aprendi na vida que experiência a gente só ganha na prática. E quero me comprometer com todos ao dizer que vocês terão um ex-jogador de futebol, um ídolo e um Senador da República em um só: presidente do America. Podem ter certeza que o legado que eu vou deixar lá na frente é olhar para trás e dizer: torcedores, o America está na primeira divisão do Carioca, disputando uma competição nacional, resolveu o problema da sua sede. E vou até usar uma utopia: conseguiu pagar todas suas dívidas.
Apoio de ex-dirigentes
— O America é um dos maiores clubes do nosso país e temos que resgatar isso. Vou dar tudo de mim, nesses próximos três anos, para recolocar o clube onde ele não devia ter saído. É fácil? Não. Outros ex-presidentes podem confirmar isso. Mas não é impossível, só se alguém chegar aqui na minha posição e resolver fazer tudo sozinho.
Orgulho da torcida
— A partir de hoje, quero que vocês falem do America com ainda mais orgulho do que falaram até agora. Meu objetivo é fazer o America voltar a ser o clube que todos aprendemos a amar e respeitar. E, futebolisticamente falando, no topo de tudo. Não tenho experiência de administrar um clube como presidente, principalmente um desta grandeza. Só vou poder vitorioso nestes três anos se vocês estiverem comigo e me ajudarem.
* Colaborou Bernardo Oliveira
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