São Cristóvão mira Série A do Carioca em 2026 e pode virar SAF

Campeão da Quartona no último fim de semana, o São Cristóvão sonha alto e já pensa até em chegar à Série A do Carioca. Afastado da primeira divisão desde 1995, o clube cadete tem um objetivo audacioso: o de, dentro de dois anos, conquistar uma vaga na elite. E existe até a possibilidade de tornar-se uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para viabilizar a continuidade desse acesso meteórico.

— Acredito muito no trabalho, no empenho, na organização. Isso tudo foi feito. Não ficamos fora do campeonato à toa, pois saneamos e organizamos o clube, fizemos uma estrutura para subir. E subimos, da C para a B2 e, então, para a B1. Agora, é buscar um novo acesso. Temos uma missão de, em 2026, estarmos na primeira divisão. É o ano em que se completam 100 anos do nosso título e o grande objetivo é buscar parceiros, nem que a gente tenha que virar SAF. Queremos ser coroados e jogar no Maracanã, que é o lugar do São Cristóvão — diz o presidente do clube, João Machado.

De fato, a equipe cristovense poderá ter essa chance, mas terá que obter dois acessos consecutivos nos próximos dois anos. Nada impossível para quem subiu duas vezes só em 2023. Seja como for, o clube tentará dar o passo para festejar o centenário de sua conquista mais importante jogando ao lado dos grandes. Mas o presidente do clube reconhece que só poderá conseguir alcançar sua meta com muito trabalho:

— Quando você sobe para a B1, já começa a complicar. O investimento passa a ser mais alto e a gente precisa de um CT para a base e para o profissional. Temos que nos estruturar porque estrutura é tudo. Futebol é um conjunto de coisas, é um complemento. Não adianta acha que vai acontecer, não é assim, só com planejamento e organização. Temos algumas propostas na mesa, empresários chegando, nomes de grande porte e de grandes clubes. Com o SAF ou com clube, o importante é o São Cristóvão estar na Série A em 2026.

Presidente exalta espírito familiar do clube

A vitória sobre o Belford Roxo, no último domingo (10), desencadeou uma grande festa para a torcida cadete. A conquista do primeiro título carioca desde 1965 coroa uma temporada inesquecível para o time de Figueira de Melo. Ainda de acordo com João Machado, o espírito familiar do grupo e de todos dentro do São Cristóvão foi fundamental para a equipe, em campo, ter sucesso.

— Tivemos contratempos no passado, mas não quero falar disso, só do futuro. Até porque ele reserva boas coisas. Todos merecem esse momento: torcida, sócios, conselheiros, diretoria, staff, do porteiro ao presidente. E os jogadores, não tem nem o que falar: todos foram uma família. E família nunca deixa o outro para trás. Então, este foi o espírito do São Cristóvão neste ano e viremos ainda mais fortes em 2024, para tentar o novo acesso — afirmou.

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