Nesta segunda-feira (18), Leanderson da Silva Genésio poderá dizer que venceu na vida. Lelê, atacante do Fluminense, estará em campo para a disputa do Mundial de Clubes, na Arábia Saudita. Tudo isso, poucos meses após chegar ao Tricolor e apenas cinco anos depois de atuar na quarta divisão do Campeonato Estadual. Com a camisa do Profute, uma subida meteórica e que faz do jogador de 26 anos uma das histórias mais marcantes e bonitas do futebol carioca nos últimos anos.
Contratado pelo Fluminense após o Estadual deste ano, junto ao Volta Redonda, Lelê não fez muitos gols pelo clube das Laranjeiras. Marcou apenas duas vezes nas 37 oportunidades em que entrou em campo. Um número muito contrastante em relação às outras equipes que defendeu: pelo Profute, marcou 23 gols; no Maricá, foram 15; no Volta Redonda, 29. Ainda assim, pode colocar no currículo um título de Libertadores da América, talvez impensável para um centroavante que despontou na Quartona.
Mas o destino nem sempre foi generoso com o atacante de 1,89m de altura. Formado nas categorias de base do Bonsucesso, só foi ter sua primeira oportunidade na quarta divisão, em 2018. Ao lado de uma equipe que contava com figuras como Emerson Carioca, atualmente no Nova Iguaçu, ele teve algum destaque na campanha de 2018. Na altura, a equipe de Nova Iguaçu chegou à final, perdendo para o Mageense, mas conseguindo o acesso à divisão superior.
Na Terceirona, Lelê voltou a brilhar e terminou 2019 como um dos maiores artilheiros do futebol carioca, com 18 gols em 22 jogos. Tamanho faro de gol acabou chamando a atenção do Maricá e ele também esteve bem na disputa da Segundona, na qual jogou também no ano seguinte. Mas foi só depois de muitas dificuldades, dos maltratados gramados das divisões inferiores, que o centroavante enfim ganhou uma chance na primeira divisão.
Reconhecimento e vitória pessoal
O Volta Redonda observou o talento de Lelê durante um Maricá x Madureira, pela Copa Rio de 2021. Assim, decidiu contratá-lo e a aposta se mostrou bastante acertada. Ele marcou 15 gols no primeiro ano e fez um Campeonato Carioca avassalador no ano seguinte, terminando como vice-artilheiro, atrás apenas de Cano, do Fluminense. Curiosamente, é justamente o argentino um de seus parceiros no ataque tricolor, atualmente, já que foi o clube de Laranjeiras que acabou o contratando.
Lelê pode até não entrar em campo no Mundial, que começa para o Fluminense nesta segunda, diante do Al-Ahly, do Egito. Mas o jogador, além do título, colocou no currículo oito participações na Libertadores deste ano. Se não disputou a final no Maracanã, contra o Boca Juniors, ao menos viveu momentos importantes, como um dos gols da vitória sobre o Bahia e o passe para o gol de Cano contra o São Paulo, no Brasileirão. Para quem conviveu com as combalidas divisões inferiores do Rio, isto já é uma vitória inesquecível.
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