A partir de dia 6 de janeiro, o America estará sob nova direção. Com Romário eleito presidente para os próximos três anos, o clube almeja, enfim, iniciar uma trajetória de subida para se reafirmar como uma das equipes mais relevantes do Rio de Janeiro. Posto que perdeu, devido a anos seguidos de decadência e de um posto de coadjuvante que não condiz com a tradicional história rubra.
Mas o Baixinho não estará sozinho. Junto a velhos parceiros, ele tentará reerguer o clube da segunda divisão do Estadual até os mais altos degraus nacionais. E, de fato, é um esforço nesse sentido que promete o novo vice de futebol do America, Sérgio Mattos. Conhecido como Coronel Sérgio, ele já esteve nesse posto entre 2009 e 2010, ao lado do próprio Romário. Em entrevista exclusiva ao ACESSO CARIOCA, ele garante que o principal objetivo do ano que vem é ganhar tantos títulos quanto forem possíveis. Isto é, levantar a taça na Série A2 do Carioca e na Copa Rio.
— É uma premissa que temos falado abertamente: o America não pode mais disputar nenhuma competição sem disputar o título ou classificações. A Série A do Carioca, com todo respeito aos outros clubes, não é a mesma coisa sem o America. Ele é sete vezes campeão e poderia até ter mais títulos. Queremos voltar àquela máxima de que o America é o segundo time de todo carioca. Trabalharemos incansavelmente para recuperar a imagem do clube. Agora, garanto que vamos entrar em todas as competições para buscar títulos. — garante o dirigente.
Erguer o America novamente aos grandes campeonatos é tarefa que o próprio novo vice de futebol admite ser complicada. Entretanto, É com fé e paixão que o Coronel Sérgio e seus soldados buscarão o esperado sucesso na missão, diante da terra praticamente arrasada que encontrarão em três semanas. Veja abaixo a entrevista completa de Sérgio Mattos ao ACESSO:
O que a nova diretoria espera em relação a dificuldades?
— O America vem de algumas administrações que colocaram o clube em dificuldades. Estamos cuidando de um barco pesado, ainda não conseguimos descobrir tudo, mas o que temos agora são dívidas que vêm de todos os lugares. Por outro lado, também temos muita vontade de acertar. A montagem da diretoria tem pessoas com capacidade de mudar essa situação, a começar por nosso presidente, que dispensa qualquer apresentação. São pessoas que querem muito bem o clube, que vêm de famílias americanas, mas com muita competência em suas áreas. Vai ser um trabalho demorado, precisaremos cortar muito na própria carne para lidar com as despesas. Temos um estádio deficitário e que precisamos tornar autossustentável. Queremos valorizar nossa base e já acertamos a renovação de cinco jogadores dela. Nosso estádio está em um lugar que é um celeiro de craques, que é a Baixada: precisamos aproveitar isso.
Qual será o perfil de jogadores a contratar para 2024?
— Primeiramente, temos que trazer jogadores acostumados com a realidade da segunda divisão do Carioca. É claro que iremos buscar atletas que conhecem a competição, aqui no Rio, mas nossa ideia também é trazer jogadores de fora, acostumados a uma competição pegada. É só uma vaga, então quem chegar precisa mostrar trabalho. E vamos buscar quem entenda o momento atual do America. Costumo brincar que o America é que nem ação da bolsa de valores: agora, é vendido bem baratinho, mas quem comprar a ideia vai ter toda a estrutura para desenvolver seu futebol. Teremos uma comissão técnica forte, uma comissão médica forte, fisiologia, analista de desempenho. Vai ter um gerente de futebol contratado, que é uma coisa que há muito tempo não tem no America. Não posso adiantar nada, nem nomes, até a posse, pois é uma diretriz do nosso presidente. Mas queremos gente que acredita no projeto.
Como resgatar a relevância do America após tantos anos negativos?
— O America não é um coitadinho, não. É um time que vive uma crise, que passou por vários problemas, mas tentaremos fazê-lo mudar de patamar rapidamente. Nosso objetivo é ganhar a Segundona do Carioca, voltar à primeira divisão e ganhar a Copa Rio. Não tem objetivo pela metade, o objetivo é esse. Isso fará com que o America, que está terminando 2023 sem maior sucesso, possa terminar 2024 com calendário cheio. Para estar de volta a uma primeira divisão e também a uma competição nacional. Para voltar a ser um clube de respeito, dentro e fora do campo. Dentro, colocando medo e preocupação nos adversários; fora, ser um clube com respaldo, que cumpre com suas obrigações, que paga em dia e assume suas responsabilidades.
O título da Copa Rio também é prioridade, como o acesso no Estadual?
— É fundamental ter calendário cheio. É uma premissa que temos falado abertamente: o America não pode mais disputar nenhuma competição sem disputar o título ou classificações. Não será fácil, a dívida é enorme, mas a gente coloca todas as cartas na mesa e quer fazer diferente. A Série A do Carioca, com todo respeito aos outros clubes, não é a mesma coisa sem o America. Ele é sete vezes campeão e poderia até ter mais títulos, não fossem fatores que complicaram finais, no passado. Jogamos a primeira divisão do Brasil 17 vezes. Queremos voltar àquela máxima de que o America é o segundo time de todo carioca. Trabalharemos incansavelmente para recuperar a imagem do clube. Agora, garanto que vamos entrar em todas as competições para buscar títulos.
Quais as diferenças em relação ao cenário de 2009?
— A situação é diferente porque, na primeira vez que o America caiu, o susto foi muito grande. É verdade que o clube já vinha batendo na trave para não ser rebaixado. Mas, quando chegamos, em 2009, não tinha nada. E a Segundona era quase um Brasileirão, muito longa, com um gasto muito grande. Viajávamos para todos os cantos do estado. Neste ano, acompanhei a competição como torcedor. Lá atrás, acho que uns sete times poderiam ter subido. E, se jogassem em 2023, todos teriam grandes chances. Mas a gente sabe que o ‘efeito Romário’ fará os outros clubes tentarem se reforçar melhor. Esse campeonato é de tiro curto e ele tem que ser certo: não pode bater na trave. Porque, se você fica em segundo, é mais um ano na segunda divisão. Então, terá que ser um elenco mais forte.
E o momento atual, é pior ou melhor?
— Hoje, a situação é muito pior. Não temos mais uma sede social, estamos há muitos anos na segunda divisão, não disputamos competições nacionais. Vamos fzer um trabalho honesto e correto para obter sucesso. Sabemos da dificuldade que é montar um elenco numa Série A2. A Band transmitiu alguns jogos, mas o horário é complicado. Todo jogo do America durante a semana é prejuízo. Então, teremos que fazer um trabalho muito certo para voltar a disputar as competições. Em nome dessa torcida, que está muito sofrida. E iremos tentar mudar essa realidade.
Como ficará a nova sede e o que a diretoria já pode adiantar?
— O projeto é construir o shopping com a sede no alto. Guardadas as proporções, igual ao que o Botafogo fez. Mas nunca vai alcançar o que era antes, até porque colocar uma sede daquele tamanho ali iria encarecer muito a obra. Já tivemos duas reuniões sobre o assunto, mas estamos em transição, com muita coisa para conversar, escutar. É muito caminho até termos nossa sede de volta. Mas é uma das nossas prioridades. Ainda estamos tentando entender o tamanho do problema. Nunca passou pela minha cabeça que aquela sede pudesse ser derrubada. Podia haver outra solução, trabalhar de forma diferente, para não ficar como um ‘elefante branco’, como chegaram a chamar. Mas iremos buscar para que o America volte a ter uma sede.
Em 2010, Romário deixou o clube. O que muda agora?
— As situações são diferentes. Em 2009, Romário era parceiro para tocar o futebol. Hoje, é presidente eleito. E ele não bota a mão em nada sem ter plena convicção de que vai dar certo. Tudo que acerta, cumpre, é um cara de palavra. Ele teve, sim, alguns problemas, mas não conversa muito sobre isso, fala que é passado. Mas acho que não teve a liberdade que imaginava, à frente do futebol. Ele tem pensamentos muito fortes e grande conhecimento sobre futebol. Então, deveria ter mais autonomia e isso não aconteceu. O que acho é que aconteceu um grande mal entendido, pois ele fez um grande trabalho. Hoje, está realizado, é senador reeleito, com a vida feita. Não precisava pegar o America nessa situação. Só alguém muito identificado e com muito amor pelo clube faria isso. E ele vem com muita vontade de transformar o clube.
Como definir o potencial de Romário na presidência?
Hoje, é o único que pode fazer algo diferente. Tem gente capacitada dentro do clube ainda hoje, mas só isso não basta. A situação é muito crítica, tem problemas estruturais, dívidas… Então, precisávamos de um cara extraclasse. O único com capacidade de juntar todo mundo, como fez agora na eleição, é o Romário. Aliás, nas últimas três semanas, o clube ganhou mais mídia do que nos últimos dez anos. Isso mostra o que vai ser o Romário no America. Se Deus quiser, as coisas vão acontecer. A gente tem que entender que não basta ter o melhor time, a melhor estrutura: quando entra em campo, tem que fazer valer sua força para poder subir. Mas a gente espera fazer um grupo forte para trazer o America de volta ao seu lugar.
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Passa bastante confiança. Eu acredito nesse projeto. O America vai voltar a lutar pelas taças. Não vejo a hora da campeonato começar.
Será com certeza absoluta a redenção do America
Romário vai trazer o América foooooorrrrrrttttteeee
Voltei até esperança ufa ufa como diz,meu amigo narrador,aliás grande narrador gama
Com certeza será a oportunidade que oAmerica estava esperando, sair do ostracismo de péssimas gestões administrativas. Romário e o único que pode devolver ao América o ligar quele merece.
Eles juntos já provaram o que podem fazer. Subimos e conseguimos vaga na série D na ocasião
Eu torço muito pra que o rubro carioca volte aos tempos de glória. Será uma alegria para todo o Rio de Janeiro. Estou certo disso.
Sou MECÃO desde 1954 vi nosso último título carioca 1960.
Não aguento mais ser saco de pancada na segundona.
Acredito muito nas palavras do Romário. Vim para vencer. É o q nos que só amamos nosso MECÃO queremos.
Estamos juntos. SANGUEEE
Queremos a renovação de Matheus Dedo!
Se a nova gestão puder, pelo menos pensar em um projeto pro America voltar a ter um estádio no Rio de Janeiro, que é sua cidade natal, e conseguir vender esse cacareco que é o Guillite Coutinho, nós ficaríamos felizes. Esse estádio, além de não ter nada de confortável, fica muito longe do lugar onde mora a maioria dos americanos.