Marcus Dantas voltou a ser o técnico dos juniores do America para a temporada de 2024. O treinador de 38 anos deixou o Estrela do Norte (ES), onde já estava empregado como auxiliar técnico. Mas voltou ao clube no qual já trabalhou em 2021 pois, segundo ele, seria impossível recusar o convite. Na opinião do profissional, o chamado americano é equivalente a uma convocação e não pode ser declinado.
— O America tem um lugar reservado no meu coração. Que clube gostoso de trabalhar. Os funcionários, todo mundo é receptivo, você é valorizado. A antiga diretoria me tratava bem. É o que eu falo: o America não te chama, te convoca. E não tem como recusar um chamado desses — afirma o técnico, em entrevista exclusiva ao ACESSO CARIOCA.
Campeão da Segundona de 2021 na categoria sub-20, Marcus Dantas também destaca o carinho dos torcedores do America, que o acolheram muito bem. Responsável pelo último título dos rubros na categoria, inclusive com alguns jogadores que ainda hoje fazem parte do elenco, o treinador não vê a hora de começar a trabalhar. A apresentação da nova comissão técnica, liderada por ele, acontece no próximo dia 23:
— Estou bem animado e motivado. Recebi inúmeras mensagens de torcedores, que me trouxeram o crédito de que eu fiz a melhor escolha. E estou ansioso para trabalhar o quanto antes.
Confira abaixo a entrevista completa de Marcus Dantas ao ACESSO:
O quanto a chegada da nova diretoria, liderada por Romário, pesou na hora de aceitar o convite?
— É lógico que, com essa gestão, aumenta ainda mais a credibilidade, pelas pessoas envolvidas. Pelo Romário, os profissionais que dão um peso maior. Mas, independente de quem comande, todo chamado do America é difícil recusar. Na minha primeira passagem, em 2021, mesmo estudando os clubes para onde eu vou, eu nem imaginava que o America era tão grande, que o torcedor vivia uma paixão tão aflorada. E aquilo me encantou. Quando você recebe um chamado do America, é uma convocação. A história do clube traz uma credibilidade.
Qual a expectativa no sentido de otimismo em relação ao projeto apresentado e às metas do clube para a nova temporada?
— Quando assumo um clube, sempre penso que as coisas vão acontecer. E, se analisar o contexto, o America realmente tem grande chance de chegar aonde tem que chegar. O projeto é muito satisfatório, com os pés no chão, mas muito sério e profissional. Então, acredito nas coisas. A equipe está forte, a comissão está montada e todos estão prontos para a apresentação no dia 23.
Quais as semelhanças ou diferenças encontradas hoje, em comparação com sua primeira passagem , há três anos?
— Em 2021, cheguei no clube e só tínhamos uns cinco jogadores. E foi no meio da pandemia, extremamente difícil. Muita gente não podia entrar no clube, então precisei abrir observação para trazer algumas peças. E fui montando o modelo, as coisas foram acontecendo. Mas foi com muita dificuldade, assim como todos os clubes tiveram. Daquele grupo de jogadores, 80% foi distribuído: uns para os profissionais do America, outros para demais clubes do Rio, alguns para fora do Brasil.
Nos últimos anos, o America nem sempre conquistou grandes resultados na base, mas sempre revelou jogadores com potencial. De que maneira você analisa a importância deste trabalho no clube?
— Esse tipo de trabalho é extremamente importante. Eu fiz o caminho inverso pois, geralmente, as pessoas começam na base para depois chegar no profissional. E eu comecei no profissional, onde quero trabalhar mais vezes, mas agora volto a trabalhar com a base. Então, acho um trabalho fundamental. Clube que não tem essa integração entre base e profissional está fadado à falência.
E de que forma esse trabalho nos juniores será integrado aos profissionais, no sentido de apoiar o grupo principal e trocar experiências com atletas mais rodados?
— Graças a Deus, fui muito feliz em 2021 porque participava ativamente dessa transição. E, ainda hoje, tem jogador da base e do profissional do America que trabalhou comigo daquela época. Alguns passaram por outros clubes do Rio, outros estão em Portugal… E outros que permanecem no clube ainda hoje, que já estava no sub-20, mas que o America conseguiu manter. É sinal de que o trabalho foi bem feito.
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