De verde, com braços curtos e com uma dança serelepe. Poderia ser um personagem de desenho animado, mas é Matheus Lucas, do Boavista, artilheiro do Verdão no Campeonato Carioca. O jogador de 25 anos virou a cara do time de Saquarema, atualmente em quinto lugar e que já conseguiu resultados destacados neste ano, como a vitória sobre o Botafogo ou o empate diante do Fluminense. Neste último, aliás, ele marcou os dois gols de seu time.
Em seis partidas, Matheus Lucas já marcou três gols pelo Boavista, o mesmo número do que em toda a temporada passada. Após chegar do Pouso Alegre (MG), o jogador se encaixou bem na equipe comandada por Filipe Cândido e vem obtendo destaque no 2024 do clube de Bacaxá. Voos altos que o atacante pretende seguir dando, ao lado da equipe.
— Fico feliz pelos gols que marquei, era para sair mais, mas infelizmente não deu. Fico feliz pela campanha do Boavista, agradeço a todo o estafe e a todo mundo, que está dando o seu melhor. Acho que o empenho da equipe é decisivo, somos uma família. E, graças a Deus, estamos caminhando no rumo certo. Queremos a vaga na Série D e vamos indo devagar em busca desse objetivo. Vamos trabalhando quietinhos para, na reta final, estar com a classificação — diz o atacante, em conversa com o ACESSO CARIOCA.
Folclore e dancinha na comemoração do ‘Dino’
Além dos gols, Matheus Lucas já vem entrando na mente do torcedor no ponto de vista folclórico. Afinal, sua comemoração imitando um dinossauro já o fez ganhar o apelido de ‘Dino’. Em todos os três gols que marcou neste Estadual, a dança e o bom humor estavam presentes, assim como o sorriso largo do atacante. Ele explica a origem da maneira de comemorar, uma brincadeira de criança, irreverente como seu estilo de jogar.
— Isso já vem desde criança. Eu e meu irmão mais velho, o Anderson, íamos para a casa da nossa avó. E a gente zoava, brincava, quando saía para a escola. A gente imitava os animais e eu fazia vários. Aí, comecei a fazer o dinossauro, fazia até o barulhinho. Mas não gostava que me chamassem de ‘dino’. Nas peladas, o apelido até pegou, mas não levei à frente. Eu não tinha uma comemoração, imitava as dos outros jogadores mas, num treino com um amigo, na base do Figueirense (SC), comecei a fazer. E aí ele me falou que ia pegar — diz Matheus, orgulhoso do sucesso da comemoração:
— Fiz uma vez, mas não teve aquele impacto. Quando cheguei no Avaí, eu fiz também, mas aí pegou. Passei pelo Londrina, repeti e já era. Ano passado, na Série B, contra a Ponte Preta, fiz os dois gols e o dinossauro da comemoração. Quando meu filho nasceu, fiz o dinossauro para ele. Alguns chamam meu filho de ‘Dino Júnior’, até.
Tantos gols agora do que em todo 2023
De fato, os números de Matheus Lucas falam por si. Nos poucos jogos que disputou, fez o mesmo número de gols que no ano passado, quando defendeu três clubes. O motivo é simples: uma lesão grave, sofrida em 2020, ainda no Avaí (SC), fez com que ele tivesse problemas para atuar com frequência. Apesar de uma boa temporada pelo Londrina (PR), há dois anos, apenas agora ele está obtendo a titularidade e uma sequência de partidas. Este é outro ponto que o faz comemorar.
— Precisei de uma grande readaptação, pois rompi o cruzado anterior. Não tive sequência no ano passado, mas aqui consegui e agradeço a todo mundo do clube pelo que faz por mim, ao meu empresário pessoal. Treinei fora também, quando estava sem clube, estive com meu preparador físico aqui no Rio. Foram seis jogos e três gols, o que me deixa feliz. Agora, é manter a sequência e buscar mais. Sempre falo para mim mesmo que o foco é ser o artilheiro do Brasil. Não deixo os outros falarem, isso é meu e vou fazer o meu, quietinho. Graças a Deus, o trabalho está fluindo, junto com o do Boavista.
O Boavista enfrenta a Portuguesa, na próxima sexta-feira (9), pela sétima rodada do Carioca. A bola rola às 19h15, no Elcyr Rezende, em Saquarema.
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