
Edson Souza (Foto: Gabriel Farias)
Agora técnico do America, Edson Souza tem uma história antiga com o clube. Se esta será a sua primeira passagem como treinador dos rubros, como jogador ele teve duas oportunidades de vestir a camisa do clube da Rua Campos Sales. A primeira foi em 1990 e a segunda, em 2002. Aliás, foi pelo Mecão que Edson encerrou sua carreira como atleta profissional, pouco antes de iniciar a de treinador.
De volta ao clube que fez parte de sua rotina por tanto tempo, Edson fez questão de relembrar seu período como jogador no primeiro dia de trabalho do elenco profissional em 2025. Embora conte muito mais com jogadores remanescentes do sub-20 e ainda sob contrato, o trabalho já se iniciou e o técnico se diz preparado para o desafio:
— Estar aqui representando o clube e poder dirigir a equipe é uma satisfação enorme. Gosto do America, a realidade é essa. Tenho um carinho especial pelo America por ter sido jogador do clube nos anos 1990, ainda na época do Andaraí. E ainda peguei o início aqui, no Giulite Coutinho. A responsabilidade é grande, mas a satisfação também. A vida é feita de desafios e, se estou aqui, é por méritos que obtive ao longo da minha carreira.
Entre os pequenos, técnico se destaca
Aos 60 anos, Edson Souza tem uma carreira prestigiosa como treinador entre as equipes de menor investimento do Rio de Janeiro. Ele já conquistou a Copa Rio pelo Resende, em 2014, e também foi campeão da segunda divisão do Carioca, com o Nova Iguaçu, em 2016. Além disso, obteve bons trabalhos em clubes como Audax, São João da Barra e Portuguesa. Fora do Rio, já trabalhou em Brasília, no Piauí e na Paraíba. Atual vice-campeão da Segundona, com o Olaria, ele garante que o America fará seu melhor e deve ser encarado como favorito ao acesso.
— Meus números aqui no Rio são convincentes e me credenciam a estar aqui no America, que é um clube de camisa pesada. Vamos buscar os jogadores que precisamos e contribuir dentro do que penso ser o futebol. Penso para frente, gosto de time ofensivo e que propõe o jogo. Temos a camisa mais pesada do campeonato, pela história do clube. Mas temos que fazer tudo acontecer dentro de campo — afirma.

Em relação ao perfil de atletas que espera ver no clube, Edson faz questão de dizer que este mapeamento está sendo feito em conjunto com o restante da comissão técnica. Apesar de ter seus nomes prediletos, os quais já indicou à diretoria, ele exige trabalho duro de todos para que os rubros possam sair campeões e voltar à primeira divisão:
— Precisamos de jogadores que se dediquem. E conto também com a comissão técnica. Ninguém faz nada sozinho, não é somente o Edson. As pessoas que estão do nosso lado pensam igual a mim, são altamente dedicadas e comprometidas. É o que vamos passar aos atletas: não dá tempo de ficar se debruçando em cima das coisas, tem que fazer acontecer e se preparar bem.
Já começou mal contratando goleiro de time rebaixado. Dá pra ter uma prévia do que vai acontecer com o America durante o campeonato.